quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Exposições em cartaz na Fundação Joaquim Nabuco

Louise Ganz (Galeria Baobá)

Ajardinar o Mundo é o nome da proposta da artista que pretende trazer para dentro da Galeria Massangana mudas de plantas, ocupando ao máximo seu espaço. O âmago do projeto é a negociação para obtenção das mudas, com instâncias públicas governamentais, para ao final da exposição haver a doação e o plantio em locais diversos da cidade. Até 14 de outubro.

Rodrigo Braga (Galeria Massangana)

Na exposição Comunhão, busca discutir o próprio corpo e sua interferência no ambiente natural, utilizando a fotografia como suporte para suas idéias. Chama esta exposição de Da Comunhão dos Reinos. Até 14 de outubro.

Milena Travassos (Galeria Vicente do Rego Monteiro)

Corpo Instável reúne três trabalhos de Milena Travassos. A instalação A Superfície é a Pele apresenta três imagens plotadas em adesivo transparente, aplicadas em placas de vidro parcialmente sobrepostas. Os outros dois trabalhos são as videoinstalações Vertigem e Tudo que Sustenta, ambos de 2006. Em todos, o corpo nu da artista é o foco da criação da imagem e elementos frágeis acoplados a este ampliam as possibilidades de significação.

Serviço | Endereço das Galerias

Galeria Vicente do Rego Monteiro: Rua Henrique Dias, 609, Derby. Recife-PE

Visitação: terça a domingo, das 15 às 20h

Galerias Baobá e Massangana: Av. 17 de Agosto, 2187, Casa Forte. Recife-PE

Visitação: terça a sexta, das 9 às 12h e das 14 às 17h; sábados, domingos e feriados, das 13 às 17h

Informações: Coordenadoria de Artes Visuais – (81) 3073.6692 – artes@fundaj.gov.br

(27/09) Obras de Louise Ganz, Rodrigo Braga e Milena Travassos em debate


(27/09) Obras de Louise Ganz, Rodrigo Braga e Milena Travassos em debate

Em outubro, o Projeto Café promove dois encontros, sempre às 16 horas. Dia 6, a arquiteta e mestranda em Paisagismo (UFPE) Fátima Mafra discute as exposições Ajardinar o Mundo, de Louise Ganz e Comunhão, de Rodrigo Braga. No fim do mês, dia 27, será a vez de debater a exposição Corpo Instável, de Milena Travassos, com a professora Maria do Carmo Nino (Fundação Joaquim Nabuco), doutora em Artes Plásticas e Ciências da Arte por Paris I, Sourbonne. Os participantes também poderão degustar um saboroso cafezinho durante os bate-papos.

Serviço | Projeto Café

Data: 6/10 - Louise Ganz e Rodrigo Braga / Fátima Mafra

Local: Galeria Massangana, Av. 17 de Agosto, 2187, Casa Forte. Recife-PE

Horário: 16h

Data: 27/10 - Milena Travassos / Maria do Carmo Nino

Local: Galeria Vicente do Rego Monteiro

Horário: 16h

Informações: Divisão de Ações Educativas – (81) 3073.6682 – culturaeduc@fundaj.gov.br

Parceria / Projeto Café : Castigliane Cafés Especiais (Derby)

MUSICUCA ESPECIAL NA CONCHA ACÚSTICA DA UFPE!!



Quando ? Dia 11/10 Começando às 20:00h (VÉSPERA DE FERIADO)

Com as Bandas:

CARFAX
ACADEMIA DA BERLINDA
DJ CHARLES ZAMBOHEAD
ATENÇÃO: INGRESSO = BRINQUEDOS NOVOS E USADOS QUE SERÃO DOADOS PARA AS CRIANÇA DA CRECHE DA UFPE

OFICINA: Práticas Plásticas

PROFESSORA: Cláudia Herszenhut
Data: 15 à 20 de outubro
Horário:14 às 18 hs
LOCAL: CENTRO DE FORMAÇÃO EM ARTES VISUAIS
Sinopse: Esta oficina pretende divulgar algumas técnicas elaboradas nos últimos anos com o intuito de criar soluções práticas, a partir da utilização de equipamentos de uso domésticos empregadas no manuseio do plástico
CENTRO DE FORMAÇÃO EM ARTES VISUAIS
Pátio de São Pedro - Casa 11
Fone: 81 3232.2848

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Projeto Peça a Peça – 18ª. Edição – “Apolo e Daphne”


O Projeto Peça a Peça desde março de 2006 vem trazendo ao público diferentes aspectos das obras do acervo do Instituto Ricardo Brennand. Através de palestras, oficinas e apresentações culturais, o projeto já abordou 17 obras. Este mês, a programação será acerca da escultura “Apolo e Daphne”.

Trata-se de uma obra em mármore que mostra o momento da transformação da ninfa Daphne em um loureiro. Esta árvore, que através do mito passou a ser símbolo de força, é utilizada até hoje como símbolo de glórias esportivas nas olimpíadas, por exemplo. A mitologia grega conta que Apolo, por sua arrogância após ter vencido a serpente Píton, foi punido por Cupido, que o acertou com uma flecha de amor, levando-o a se apaixonar por Daphne. Esta, recebeu uma flecha para afastá-la do amor. Apolo então passou a persegui-la pelas florestas e devido a isso Daphne pede ao pai que lhe dê outra forma para seu corpo, que se transformou em um loureiro quando Apolo a tocou.

Para a palestra, convidamos a doutora em História pela Universidade de Florença Marília Ribeiro e professora adjunta de história da arte e cultura da Universidade Federal de Pernambuco. Para mediar a conversa com o público, contaremos com a estudante de história e arte-educadora do Instituto Ricardo Brennand, Tacianne Martins. Serão abordados temas referentes à mitologia grega e seus respectivos aspectos históricos, além de suas relações com a história da arte, em uma conversa na Cafeteria do Instituto Ricardo Brennand.

Paralelamente à esta programação, a arte-educadora do IRB Nicole Cosh, realizará uma oficina de Land Art. A oficina se utiliza do mote da escultura, onde uma ninfa se transforma em árvore, para construir junto a crianças e adolescentes a partir dos oito anos intervenções na paisagem do IRB. A Land Art será conceitualizada e contextualizada na oficina, que também objetiva despertar a consciência ambiental nos participantes através de uma vivência lúdica da arte.

Finalizando a programação, a banda Sopros Antepassados trará para o IRB um conjunto de “didgeridoos”. Este é um instrumento de sopro feito de madeira usado popularmente pelos aborígenes australianos. O Yidhaki (como é chamado o didgeridoo pelos aborígenes) é utilizado em várias etnias pelo mundo como um dos instrumentos de conexão com a mãe natureza, pois ele emite um som que vibra na freqüência do Ohm, emitido por vários povos como som de meditação.

Assim, convidamos a todos para este momento de reflexão sobre nossas práticas em relação ao mundo onde vivemos, através de vivências culturais suscitadas pelo acervo do IRB. Diversão, cultura e consciência ambiental através da arte...

Serviço:

29/09/07 - Sábado

15h – Palestra sobre a escultura “Apolo e Daphne”, com Marília Ribeiro e Tacianne Martins, na Cafeteria do IRB

15h – Oficina de Land Art, com Nicole Cosh, na área externa do IRB

16h – Apresentação da Banda Sopros Antepassados, na Cafeteria do IRB

Informações: 2121 0352 / 2121 0365

Entrada R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia-entrada para estudantes, professores e idosos acima de 60 anos)

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

CineCUCA Recife volta a todo vapor





Após lançar o seu 1º Cine Jornal e divulgar o Prêmio "Curta CUCA", o Centro Universitário de Cultura e Arte - Recife reinicia ações de audiovisual com a realização sessões de cinema e já planeja o mês do audiovisual para novembro.
O CUCA Recife retoma as atividades do seu cineclube com a exibição de 2 filmes em parceria com o DCE UNICAP e o Projeto Cinema BR em Movimento. Nos dias 25 e 26 de Setembro a Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) recebe os filmes "O cárcere e a rua" e "Crime Delicado".
No dia 25 de setembro será exibido o longa-metragem "O cárcere e a rua", um filme que trata sobre a realidade de 3 presidiárias (Claudia, Betânia e Daniela) em situações judiciais distintas que convivem com incertezas semelhantes na relação entre a prisão e a liberdade.
Antes da exibição do longa, os alunos da UNICAP assistirão ao curta-metragem "3 minutos", que explora as diversas possibilidades de usar o tempo de uma ligação de orelhão antes que a ficha caia.
Já no dia 26 a sessão acontecerá um pouco mais cedo, será às 10:00 e trará o filme "Crime Delicado", que faz uma abordagem sobre um triângulo amoroso formado por um crítico teatral, um pintor e sua musa. O enredo trata de temas como razão, ciúme e sedução, numa intrigante análise sobre relacionamentos amorosos.



Serviço:
Exibição do Filme "O cárcere e a rua", de Liliana Sulzbach
Data: 25 de setembro (Terça-feira)
Hora: 18:00
Local: Auditório G 2 da UNICAP

Exibição do Filme "Crime Delicado", de Beto Brant
Data: 26 de setembro (Quarta-feira)
Hora: 10:00
Local: Auditório G 2 da UNICAP

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Fundaj oferece Curso de Introdução à História do Cinema Documentário

A Fundação Joaquim Nabuco abre inscrições para o Curso de Introdução à História do Cinema Documentário, proferido pelo Professor Fernando Weller – Graduado em Cinema pela Universidade Federal Fluminense, Especialista e Arte e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Mestre em Comunicação, Imagem e Informação, pela UFF/RJ.
Voltado para estudantes e profissionais de comunicação, o curso é gratuito e terá 07 semanas de duração. Confira, abaixo, as informações completas sobre a capacitação.

CARGA HORÁRIA:
56 horas-aula

OBJETIVO:
O curso pretende apresentar e debater as principais correntes estilísticas na história do documentário, desde o surgimento do cinema até as tendências contemporâneas deste gênero, buscando, sempre que possível, estabelecer pontes com outros gêneros cinematográficos. Serão destacados o papel de realizadores como Vertov, Flaherty, Grierson, Riefenstahl, Ivens, Drew, Wiseman, Rouch, entre outros, na construção e transformação das formas e práticas documentais.

PÚBLICO ALVO:
Poderão inscrever-se para seleção profissionais e universitários das áreas de comunicação ou ciências humanas em geral, além de interessados em história do cinema.

NÚMERO DE VAGAS:
O curso oferece 30 vagas abertas à seleção pública.

DURAÇÃO DO CURSO:
07 semanas (de 23 de Outubro a 11 de Dezembro de 2007), com aulas nas terças e quintas (18h30 às 22h).

METODOLOGIA:
Aulas expositivas complementadas com a exibição de trechos ou filmes integrais, acompanhados de debate. A cada aula haverá uma indicação bibliográfica que o aluno deve acompanhar e que servirá de base para as discussões da aula seguinte. Além da bibliografia básica em português, será disponibilizada uma bibliografia complementar em inglês, francês e espanhol.

PROFESSOR:
O curso será ministrado pelo Professor Fernando Weller – Graduado em Cinema pela Universidade Federal Fluminense, Especialista e Arte e Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Mestre em Comunicação, Imagem e Informação, pela UFF/RJ.

DADOS NECESSÁRIOS PARA INSCRIÇÃO DE CANDIDATOS
Carta de apresentação com uma página contendo:
- Dados pessoais (Nome, número de identidade e CPF, endereço, email e telefone para contato);
- Currículo Resumido;
- Argumentos que motivam o candidato a fazer o curso.

As informações devem ser enviadas para o e-mail historiadoc@gmail.com com o assunto "Inscrição no curso" . O recebimento dos dados será confirmado através de um e-mail resposta.

SELEÇÃO:
Análise dos argumentos apresentados segundo critérios de adequação do currículo resumido do candidato aos objetivos do curso.

INSCRIÇÕES:
17/09 a 05/10/2007

DIVULGAÇÃO DE SELECIONADOS
08/10/2007

LOCAL:
FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO (DERBY), Rua Henrique Dias, 609.

INVESTIMENTO:
O curso é gratuito

ODE AO VULNERAVEL por Ma do Carmo Nino

“O enigma resulta nisso: em que meu corpo é ao mesmo tempo vidente e visível. Ele que olha todas as coisas, também pode olhar a si e reconhecer então no que está vendo o ‘outro lado de seu poder vidente”. Ele se vê vidente, toca-se tateando, é visível e sensível por si mesmo...”

Merleau-Ponty, O Olho e o espírito, RJ, Grifo, 1969, p. 35.

Milena, aparência de ninfa, tem seu próprio corpo como pátria na construção de uma poética calcada na vulnerabilidade do ser humano. No vídeo-instalação Tudo o que sustenta assim como também em Vertigem, encontramos um certo número de referências presentes na trajetória da artista: entre elas a eleição do vidro transparente incrustado no corpo desnudo reforçando a linha encurvada da coluna vertebral, elemento responsável pela sustentação, verticalização, movimento e equilíbrio do nosso corpo no espaço.

Ao redobrar esta vital linha estrutural com a presença do elemento transparente

que ainda por cima suga e é associado à idéia de fragilidade, Milena nos coloca de imediato em contato com uma questão crucial que perpassa sua obra até agora e que seria em princípio da ordem do inefável, do sublime, do irrepresentável, enfim: a insustentável leveza do ser e da própria existência, os riscos e as dificuldades do viver, ditos de uma maneira simples, onírica, além de poética e eficaz.

A utilização da auto – imagem, assim como a da própria nudez em si mesma, contrariam a associação que fazemos com certa freqüência ao narcisismo ou ao corpo desnudo como mero símbolo de erotismo que deságua em degradação física. A exposição da nudez corporal aparece aqui como elemento assertivo desta fragilidade que, associada ao espaço natural circundante e em contraste com a sua escala - amplificada pela sala de exposição - torna-se cúmplice deste corpo à mercê de, nesta evocação onírica do indefinido, do aventuroso da existência.

Tanto a escuridão noturna em Tudo o que sustenta quanto à atmosfera diurna em Vertigem constituem facetas de um mesmo tipo de alusão onde as referências temporais e espaciais atuam como uma espécie de suspensão em algum lugar-tempo indefinido, deslocado e inquietante, onde o tempo é desacelerado, para além da realidade mais pragmática do cotidiano.

O ato cujo esforço resulta no constante movimento pendular e que remete à sensação de vertigem, se desdobra àquela provocada pelo imenso poço, abismo onde se realiza a síntese de três elementos: água, terra e ar, além de três ordens cósmicas: céu, terra, inferno.

Já a ação de banhar-se em completo isolamento enfatiza a experiência sensorial do corpo através da pele e o fato de que ela decorra lentamente nos conscientiza de um outro sentido além do tato e da visão, que é a audição. São estes elementos que se unem para nos colocar de modo efetivo em contato com a cena de representação, complementando-a.

Se, como nos pondera Merleau-Ponty, nosso olhar se dá através do nosso corpo, pelos nossos sentidos, a visão do corpo do outro nos coloca diante de uma espécie de espelho com o qual podemos nos identificar, instaurando simultaneamente uma instância entre vidente e visível.

Milena Travassos expõe pelo Projeto Trajetórias na Fundaj Derby



A artista plástica Milena Travassos vai expor seus trabalhos na Galeria Vicente do Rego Monteiro, na Fundaj Derby, através do Projeto Trajetórias 2007. A exposição será aberta na quinta-feira (20/09), às 19h.

A proposta de exposição Corpo Instável apresentada por Milena Travassos para o processo seletivo do Projeto Trajetórias 2007 reúne três trabalhos recentes da artista nos quais se pode perceber sua coerente pesquisa em torno de construções imagéticas singulares em que o seu próprio corpo é utilizado.

A instalação A superfície é a pele apresenta três imagens plotadas em adesivo transparente, aplicadas em placas de vidro a serem parcialmente sobrepostas. Os outros dois trabalhos são as video-instalações Vertigem e Tudo que sustenta, ambos de 2006. Em todos os trabalhos o corpo nu da artista é o foco da criação da imagem e elementos frágeis acoplados a este ampliam as possibilidades de significação.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

6º Nóia - Festival Brasileiro de Cinema e Vídeo Universitário


6º Nóia - Festival Brasileiro de Cinema e Vídeo Universitário

Inscrições até 30 de setembro

Podem concorrer curtas-metragens de ficção, documentário, animação, experimental e vídeoclip.

Entre no site: www.festivalnoia.com e pegue o Regulamento e Ficha de Inscrição.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Artista Paulo Bruscky é o convidado do Encontro com a Videoarte


Nesta segunda-feira (17), a sétima edição do Encontro com a Videoarte da Fundação Joaquim Nabuco apresenta trabalhos de dois pioneiros da videoarte mundial: o coreano Nam June Paik e o pernambucano Paulo Bruscky. Os experimentos apresentados serão Documenta de Kassel, de Nam June Paik, e Poema / Registros / Xeroperformance, de Paulo Bruscky, que estará presente à exibição e conversará com o público sobre o tema Arte e Tecnologia. A entrada é franca.

Paulo Bruscky é um dos pioneiros na aplicação artística de várias tecnologias, como gravação eletrônica, projeção de diapositivos, fac-símile, filme Super-8, vídeo, xerox, off-set e mimeógrafo. Possivelmente, foi o mais entusiasta promotor da Mail Art no Brasil. Foi também o pioneiro da videoarte no Recife. No período de 1979 a 1982, realizou 30 obras de videoarte. Em 1980, inventou os xerofilmes a partir de imagens xerográficas, abrindo um novo campo para o desenho animado e o cinema experimental. A partir de 1983, iniciou suas videoinstalações e já participou de 60 mostras realizadas no Brasil, Itália, Canadá, USA, Venezuela, Dinamarca, Suécia, Finlândia, Portugal e Espanha.

Nam June Paik nasceu na Coréia do Sul, em 1932, e faleceu em Nova York, em 2006. Foi um artista contemporâneo extremamente importante e uma figura seminal na arte do vídeo. Suas esculturas em vídeo, instalações multimídia, performances e videotapes abrangem um dos mais significativos conjuntos de trabalho nas décadas de 1960 a 1990. O vídeo a ser exibido foi feito em 1977 e mostra os primeiros programas internacionais de televisão produzidos pelos artistas, ao vivo, via satélite, com performances de Nam June Paik, do artista conceitual alemão Joseph Beyus, e de Douglas Davis, que foram transmitidas para mais de 25 países.

Serviço | Sétimo Encontro com a Videoarte

Data: 17/9, às 19h

Palestrante: Paulo Bruscky, multiartista

Tema: Arte e Tecnologia

Local: Sala João Cardoso Ayres

Rua Henrique Dias, 609, Derby. Recife-PE . CEP. 52.010-100

Informações: (81) 3073.6731 - culturaeduc@fundaj.gov.br

A arte através de fitas magnéticas.

“It is change, continuing change, inevitable change, that is the dominant factor in society today.

No sensible decision can be made any longer without taking into account not only the world as it is,

but the world as it will be”.
Isaac Asimov

A videoarte tem uma estrita relação com a tecnologia desde o seu surgimento, uma vez que esta forma de arte não seria possível sem o advento do vídeo, uma nova tecnologia que não era nem cinema e nem televisão, e que, segundo o teórico francês Philipp Dubois, não é nada mais do que a passagem entre cinema e tv, que não tem sexo nem nome. Bem parece que diversos artistas da época discordaram do senhor Dubois e se apropriaram dessa nova tecnologia para produzir obras que não eram realmente nem cinema e muito menos tv, e sim algo completamente novo: videoarte, que pode ou não possuir roteiros, atores, diálogos e que atua muitas vezes na contramão da lógica televisiva.

Um dos precursores foi o coreano Nam June Paik, considerado o pai da videoarte, que em um contexto onde os artistas procuravam uma arte contrária à comercial - principalmente a que era veiculada pela televisão - o vídeo parece ter servido como uma luva para as suas performances midiáticas. Assim como Paik, muitos artistas acharam o vídeo mais atrativo do que a película, pois era mais acessível, além de vir acoplado com tecnologias que permitiam não só a edição como também a modificação (através de efeitos e distorções). Dessa forma, o vídeo além de fornecer um novo suporte que poderia ser utilizado pelos artistas, fornece também novas ferramentas para que eles trabalhem e produzam obras como em Documenta 6 Satellite Telecast, de1977, em que ele se utiliza desses low tech tricks para modificar as imagens que capturou.

No Brasil, a videoarte teve um desenvolvimento um tanto peculiar, seja pela dificuldade de acesso aos equipamentos - pois as câmeras eram geralmente emprestadas por alguém que adquirira a novidade no exterior, cedidos por alguma instituição, ou adquiridos por vias ilegais, os equipamentos de edição e manipulação de imagens por sua vez, eram quase inexistentes aos artistas. O período histórico que o país atravessava no momento também deixou sua marca na videoarte, bem como em todas as esferas social, política e cultural, a ditadura militar foi um dos períodos mais traumáticos da história do Brasil, a repressão exercida pelos militares impedia que os artistas realizassem performances públicas. A câmera então apresenta-se como uma janela pela qual o artista poderia chegar ao público: através dessas obras eles passaram a agregar o conceitualismo, a performance e a body art em suas obras, além de terem bom motivo para questionar os meios de comunicação de massa dominados e censurados pelos militares.

Neste contexto é que Paulo Bruscky, um dos pioneiros da arte tecnológica no Brasil produziu diversas obras de videoarte, como Registros, de 1980. No vídeo, vemos o artista conectado a um eletroencefalograma, que registra suas ondas cerebrais. Para um olhar mais desavisado pode parecer apenas registro de performance. No entanto, promove uma arte que pode ser resultante apenas dessa simbiose entre o corpo e a câmera de vídeo. Tratando-se assim, de um diálogo estético entre o corpo e a máquina, potencializando, dessa forma, a mensagem pretendida pelo artista.

O trabalho desses artistas com o vídeo parece ter sido um dos primeiros flertes da arte com a tecnologia eletrônica que começava então a modificar o cotidiano do mundo inteiro. Desde então, e cada vez mais os artistas, vêm se apropriando dessas inovações, ou será que essas inovações é que estão permeando cada vez mais a nossa cultura e sociedade ?


Leonardo Lima.


quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Antídoto - Seminário Internacional de Ações Culturais em Zonas de Conflito

imagem: Jader Rosa

O Itaú Cultural e o Grupo Cultural AfroReggae, do Rio de Janeiro, promovem a segunda edição do Antídoto - Seminário Internacional de Ações Culturais em Zonas de Conflito. O encontro tem como objetivo ressaltar a importância das iniciativas culturais diante de conflitos sociais, étnicos e religiosos.

O evento apresenta debates e espetáculos com membros de comunidades, sociólogos e artistas.

Para saber mais: www.itaucultural.org.br



quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Bug - "Paranóia é contagiosa"


de William Friedkin

(EUA, 2006). Ashley Judd, Michael Shannon, Harry Connick Jr.) O Cinema da Fundação abre espaço para um dos filmes americanos mais interessantes lançados no circuito comercial esse ano. Uma volta à vitalidade (aos 72 anos) do diretor William Friedkin, que marcou a década de 70 com “Operação França” (The French Connection) e “O Exorcista” (The Exorcist). Esse exercício em tensão e loucura tem a forma de uma história de amor entre uma garçonete (Judd) e um ex-militar (Shannon), trancados num motel de beira de estrada. Ambos carentes emocionalmente, a união leva a uma inusitada campanha para livrar o lugar de insetos... Seleção Quinzena do Realizadores Festival de Cannes 2006.

Dolby SR / 16 anos / 102 mins.


Serviço | Cinema da Fundação

Endereço: Rua Henrique Dias, 609, Derby, CEP 52010-100 - Recife-PE


Horários:

Sexta – dia 31 ago. - 16h - 20h35

Sábado – dia 1 set. - 16h - 18h

Domingo – dia 2 set. - 20h20

Terça– dia 4 set. - 16h – 18h

Quinta – dia 5 set. - 16h – 18h


Ainda não assisti, mas parece que cada site de cinema tem uma opinião a respeito deste filme, então creio que valha a pena assistir e ter uma opinião também, afinal não se pode criticar o que não se conheçe e muito menos elogiar...

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Zombie Walk Recife no dia 2 de novembro


Para quem não sabe Zombie Walk ou "Caminhada Zumbi" é um evento que tenta reuinir o maior número de pessoas para sairem caracterizadas de zumbis pela cidade. É um evento livre sem proposito aparente, mas com o intuito de unir a galera que curte filmes de TERROR, efeito especial de cinema, maquiagem e coisas do gênero, é aberto a todos! Tudo na paz. Se você paga para ver a sua cidade tomada por zumbis tudo que você tem a fazer é espalhar a Zombie Walk para todos os seus amigos e conhecidos participarem!

A Primeira Zombie Walk de Recife pretende homenagear os grandes personagens de filmes e games de Terror, Lado-B, HorrorJapan, Suspense, Gore das grandes bilheterias até aos mais horripilantes e sanguinários independentes. Muito sangue vai está exposto no dia e estaremos fazendo grande concorrência com o HEMOPE. A concentração será às 15:00 na Praça do Derby, de lá iremos para a cambaleante caminhada até o Marco-Zero, onde o grupo será convidado a assistir à um festival de rock com exposição de videos e edições de filmes de terror.

  • Qualquer um pode participar, mas é importante respeitar a indumentária, Serial Killers de filmes de terror famosos não são zumbis, lobisomens não são zumbis, vampiros não são zumbis... acho que vocês captaram...
  • No trajeto, não vale: atrapalhar o trânsito, importunar pessoas que não estejam participando, agir como um humano saudável.
  • O Zombie Walk não é uma manifestação política, Zumbis não tem partido, visão política, time de futebol, eles não tem cérebro... (existem muitas pessoas que não tem cérebro e dizem possuir visões políticas, mas isso não vem ao caso...).
  • Zombies, cambaleiam, não correm, (claro que existem filmes que eles correm), mas essa não é a proposta, se fosse chamaríamos o evento de Zombie Run...

Site: http://zumbipe.awardspace.com/


Acesse a comunidade do Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=26383663

Veja Abaixo o Video do Zombie Walk Recife:




A humanidade e os os Mortos que andam...


Os Zumbis parecem ter sempre povoado o imaginário da humanidade desde o tempo das cavernas, pois foram encontradas escrituras rupestres que representavam essas criaturas devorando homens, no primeiro registro escrito conhecidos da humanidade: A Epopéia de Gilgamesh, existe um trecho em que Ishtar em seu desejo de vingança contra Gilgamesh, ameaça seu Pai, caso ele não lhe dê o que ela pede:


“I will knock down the Gates of the Netherworld,

I will smash the doorposts, and leave the doors flat down,

And will let the dead go up to eat the living!

And the dead will outnumber the living!”

Traduzido por Maureen Gallery Kovacs


Desde então os mortos que andam não deixam de aparecer nas mais diversas culturas, particularmente no Haiti, País onde a maioria da população é devota do Vodu (em Dahomey vodun, 'espírito'), onde existe a crença que um Bokor (Sacerdote ou Sacerdotisa) pode trazer um corpo Sem alma de volta a vida para ser empregado em trabalhos físicos, um zumbi.


O mito ganhou força na era do cinema no ano de 1968 quando o diretor George A. Romero lançou seu filme independente Night of the Living Dead, mesmo não sendo o primeiro filme com zumbis, este definiu o arquétipo do zumbi moderno que, diferentemente do zumbi Vodu, geralmente tem seu surgimento associado à radiação, vírus ou outra causa que não a magia, além disso não serve a nenhum mestre a não ser a sua fome voraz e insaciável.



Recentemente estamos passando por uma retomada do gênero pelo cinema que parece ter sido impulsionada pelos jogos de videogames, mas não só o cinema parece estar sobre a influencia dos mortos que andam, as historias em quadrinhos bem como livros e diversos outros meios da cultura pop parecem estar passando por uma verdadeira zumbificação, com o lançamento de diversos títulos que abordam a temática, os zumbis parecem estar novamente na época das vacas gordas, ou seria dos humanos obesos?


Outro aspecto interessante é o fato dos Zumbis serem quase indissociáveis de cenários apocalípticos, tanto que na própria Bíblia temos:


“O mar entregou os mortos que nele havia; e a morte e o hades entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um segundo as suas obras.”

Apocalipse - 20:13


Sendo o mito um sistema simbólico de interpretação da realidade, ligado aos sentimentos e emoções, que visa dar coesão à determinada coletividade. Sendo essas citações como está e outras bastante anteriores ao cinema, mas sempre presentes nos relatos da humanidade, bem como o reaparecimento cíclico desse mito nos levam a pensar qual a sua importância para os seres humanos?


Será que o momento em que a sociedade ocidental passa atualmente em que se fala de pós-modernidade, pós-contemporaneidade, morte do real, mundos virtuais, aquecimento global, cenários apocalípticos em geral, bem como, o entorpecimento cada vez maior do ser humano seja pelos, meios de comunicação em massa, seja pela família, pela escola, por nossos trabalhos ou até por nós mesmos, será que esse entorpecimento não terminará nos levando a nos tornar os verdadeiros zumbis.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Recolher para guardar


A abertura da exposição de Bruno Vieira no Instituto cultural do Banco Real ficará marcada acima de tudo pelo sacrifício físico dos convidados durante o buffet.

O que estava havendo ninguém entendeu, os garçons eram vistos de relance com suas bandejas voadoras, que passavam rapidamente pelo público que ousava “saltar” para conseguir alguma coisa. Outras estratégias foram usadas como o “cerco aos garçons”, pequenos grupos circulavam os garçons e atacavam.

Na fila interminável da caipirosca, mais da metade desistiu antes da primeira dose, simplesmente porque não valia a pena tanto sacrifício. Os petiscos apareciam e desapareciam na luta constante, o caldinho de “não sei o quê”, porque nem o garçon sabia o que era, rolou pelo alto e pelo chão... Assim como muitos copos que se estilhaçaram durante a luta livre!

Quando a multidão se deu por vencida e começou a dispersar e parecia que finalmente seria possivel conseguir algum petisco, ouviu-se um garçom dizer para o outro: Recolher para Guardar...

Enfim, é provável que a próxima BL do Instituto Cultural do Banco Real não seja aberta ao grande público, mas se for é bom que levar um boa rede de pesca para capturar algum petisco.

SERVIÇO:
O Infinito Agora, Bruno Vieira

Instituto Cultural Banco Real - Galeria Marcantonio Vilaça
Av. Rio Branco, 23 – 2º andar - Bairro do Recife – Recife, PE
Abertura: 23/ 08 de 2007, quinta-feira, às 19h30
Exposição: 24 / 08 a 30 / 09, de terça a domingo, das 14 às 20h
instituto.cultural.banco.real@br.abnamro.com

quinta-feira, 12 de julho de 2007

2ª MOSTRA RECIFE DE FOTOGRAFIA


Estão abertas, até o dia 2 de agosto a 2ª mostra Recife de Fotografias. Com o objetivo de viabilizar a produção fotográfica local, em suas mais diversas linguagens.

O evento ocorre dentro da programação da 1ª SEMANA DE FOTOGRAFIA DO RECIFE, que ocorre entre 26 de agosto e 1º de setembro.

Inscrições Gratuitas

Enviar propostas para: Gerência de Serviços de fotografia da Prefeitura do Recife.

Rua José Mariano, 228

Boa Vista

Tel. 81 3232.1409

Atendimento das 9h ás 12h.

Mais informações: mostrarecifefoto@gmail.com

Ou pelo site: http://www.recife.pe.gov.br/

Exposição de Amanda Melo no Instituto Banco Real

Abre hoje a exposição individual "Outros Sambas"
da artista Amanda Melo
com curadoria de Rodrigo Moura.

Abertura: 12/07/07 ás 19:30h
até 12/08/07

Instituto Cultural Banco Real
Av. Rio Branco, 23, Bairro do Recife
Tel. 81 3224-1110
Ter a quin | das 14h às 20h
Sex a dom | das 14h às 22h

quarta-feira, 11 de julho de 2007

SPA das Artes 2007

Estão abertas as inscrições para os artistas que desejarem participar do SPA das Artes 2007, os projetos poderão ser enviados ate o dia 08 de agosto. Os projetos que forem contemplados com a bolsa serão divulgados no dia 20 de agosto.

Maiores informações no Site: http://www.ufodesign.com.br/spa/